quinta-feira, 31 de março de 2011

Conectando Mundos

Companheiros num puzzle em construção

Os alunos do sexto ano, turma F, da Escola Básica com Segundo e Terceiro Ciclos Professor Agostinho Silva, situada em Casal de Cambra, concelho de Sintra, em Portugal, participaram durante algumas semanas, nas aulas de Formação Cívica, num projecto intitulado Conectando Mundos – Um mundo em mudança, um puzzle em construção! Conectando Mundos «é uma plataforma multilingue, onde alunos e professores/as participam em sete línguas diferentes. Este é um espaço que proporciona: a tomada de consciência de diferentes realidades; a participação num intercâmbio cultural; o respeito face às diferenças individuais e o conhecimento da diversidade cultural.» Através do projecto os alunos tiveram oportunidade de reflectir sobre a «construção da cidadania numa sociedade intercultural, fomentando acções e condutas individuais e colectivas transformadoras, de modo a contribuir para a construção de uma sociedade equitativa, diversa e justa.» Um dos objectivos deste projecto, que se centra no trabalho cooperativo, é que os alunos «tomem contacto com a diversidade social, cultural e de género e a reconheçam como uma riqueza. E que sejam capazes de debater e encontrar pontos em comum, tanto com os companheiros e companheiras da Internet, como com os da sua própria turma.» Assim sendo, vão tomando decisões em conjunto e têm sempre a oportunidade de verificar o que os outros alunos das outras escolas estão a fazer, pois existe um espaço onde se pode criar um blog, para dar conhecimento do que se vai fazendo, à medida que o tempo avança. O projecto tem cinco fases: a primeira de sete a treze de Fevereiro, a segunda de catorze a vinte e sete de Fevereiro, a terceira de vinte e oito a treze de Março, a quarta de catorze a vinte de Março, a quinta a partir do dia vinte e um do mesmo mês, não sendo um fim mas um começo… Na primeira fase, os alunos ficaram a conhecer a história de vampiros e lobisomens (que vai tendo continuidade ao longo do jogo) e depois conheceram a sua tarefa: entrevistar algumas pessoas e colocar a informação na plataforma para que todas as equipas participantes as ficassem a conhecer. Na segunda fase, escolheram as personagens que queriam para preparar a dramatização. Durante a escolha de personagens, os alunos tentaram que fossem diferentes para tornar o seu trabalho mais enriquecedor. Na terceira fase, prepararam a dramatização e jogaram. Nesta fase, havia mestres e personagens que desempenharam os seus papéis para tornar o jogo mais real e divertido. Na quarta fase, esta em que nos encontramos, os alunos irão contar a sua experiência e ainda não sabem o que os espera na fase final. De seguida, os alunos irão, então, responder a algumas questões que foram apresentadas na quarta fase.


Como se sentiram ao longo do jogo?

Nós estivemos sempre curiosos com o que viria a seguir. Pensávamos sempre que iríamos representar o papel de vampiros ou lobisomens e no final, se pensarmos bem, não andámos muito longe dessa realidade. Na nossa sociedade, quando alguém viaja para um país diferente, onde não domina a língua local, tem dificuldades em relacionar-se com as outras pessoas, isola-se e é mais difícil integrar-se na sociedade. Este jogo fez-nos pensar e olhar, com mais atenção, para o que está à nossa volta. Assim, ficámos a saber mais sobre o mundo que nos rodeia.


Acham que há pessoas a viver a mesma situação que representaram no jogo?

Por vezes, pensamos que não há pessoas a viver a situação que representámos no jogo, mas é cada vez mais comum acontecer isso, até porque as pessoas viajam para outros países à procura de melhores condições de vida. Às vezes, até no seu próprio país se sentem isoladas; por mudarem de casa; por não terem estudos para conseguir emprego; por não saberem onde se dirigir para tratar de documentos ou pedir ajuda; por ficarem desempregadas de um dia para o outro, sem estarem a contar com isso, etc. Na nossa turma, por exemplo, já chegaram desde o início do ano lectivo cinco alunos novos e um deles mal falava português, recém-chegado da Guiné-Bissau. A sua integração na turma não foi difícil, pois recebemos muito bem os novos colegas. Quando chegam, alguém fica responsável por lhe apresentar a escola, as normas de funcionamento, e todos os locais mais importantes como, por exemplo, bar, biblioteca, refeitório, secretaria, salas de aula, etc. No caso deste aluno da Guiné, a sua família mudou de residência, por razões económicas, e, por isso, foi transferido de escola. Entretanto, na fase da dramatização, chegou um aluno vindo do Brasil e também foi bem recebido, mas ainda se está a adaptar à turma e à escola.


O que significa interculturalidade?

Interculturalidade é, no fundo, um puzzle colectivo, construído por pessoas de diferentes culturas e de diferentes locais do mundo. Um puzzle em permanente construção e que se desenvolve todos os dias. É algo que impulsiona uma mudança permanente e que gera uma riqueza cultural, a que não podemos, nem devemos ficar indiferentes. Se pensarmos bem, desde os Descobrimentos, que o povo português, empreendedor, iniciou a globalização, interagindo com outras culturas, religiões e ideologias. Portanto, desde muito cedo que as pessoas se misturaram e se influenciaram, convivendo umas com as outras, partilhando experiências. Sabemos que temos de enfrentar o desafio da interculturalidade (de saber lidar com as diferentes culturas e saber conviver com elas), principalmente em momentos de crise, quando é mais fácil culpar o mais “fraco” pelo que se passa. Nestas ocasiões, as pessoas facilmente caem no desemprego, a solidariedade diminui e a violência e intolerância têm tendência a aumentar.


Acham que a vossa turma, a escola, a cidade ou aldeia é intercultural?

O nosso país, Portugal, a nossa cidade, Sintra, a nossa vila, Casal de Cambra, e a nossa turma, 6.º F, é bastante intercultural. Só para terem um exemplo, actualmente, somos vinte e seis alunos e muitos têm familiares a trabalhar no estrangeiro (alguns já foram ou são imigrantes em Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Brasil e Estados Unidos da América) ou são de descendência de imigrantes estrangeiros provenientes do Brasil, Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. No nosso Agrupamento existem cerca de mil e trezentos alunos, sendo a sua maioria de naturalidade portuguesa, mas também há estrangeiros, vindos de Cabo-Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe e, recentemente, têm vindo a chegar, ainda, alunos do Paquistão, Roménia ou Ucrânia. Apesar da maioria dos alunos do Agrupamento serem de naturalidade portuguesa, gostaríamos de referir que muitos são filhos ou netos de imigrantes. Aliás, muitos de nós, alunos do 6.º F, somos exemplo disso. A nossa vila tem cerca de dez mil habitantes e naturalmente é bastante heterogénea, tendo população proveniente de vários locais do mundo.


O que podemos fazer para que o seja? Pensem em acções que podem concretizar no vosso espaço que contribuam para a construção de uma sociedade intercultural.

O lema do Agrupamento e da escola é “Uma escola para todos”, isto é, um local onde se vive a democracia, se aprende a ser intolerante contra as injustiças e se aprende a usar a palavra, de modo a pensar sobre o mundo e a intervir nele. Nós pensámos em criar uma associação, onde todos tenham um papel interventivo (activo), onde possamos trocar experiências e conhecer melhor a cultura de outros países, mas como não temos a certeza de conseguir atingir este objectivo, por questões de escassez de tempo, iremos começar por conhecer melhor a cultura e história dos países dos nossos familiares. Por outro lado, iremos convidar os nossos pais para falarem um pouco da(s) sua(s) experiência de vida noutros países do mundo. No final, iremos reflectir sobre esta experiência. Nós queremos viver numa sociedade mais justa e para isso todos nós, independente da cor, religião ou cultura, devemos dar o nosso contributo e não importa a idade, pode ser em qualquer idade: criança, adulto ou idoso. O nosso objectivo é sermos “sementes de um futuro melhor”, numa escola para todos, onde possamos aprender a ter e a desenvolver uma sociedade solidária e aberta, onde ocorra o respeito mútuo, entre pessoas de diferentes origens e culturas. Iremos estar mais atentos à injustiça e à desigualdade e tentaremos implementar a prática do respeito, da tolerância e da convivência plural na escola e isso começa no interior da própria turma. Tudo depende de nós para conseguirmos construir uma sociedade mais justa, diversa e solidária. Uma sociedade onde ocorra a igualdade de oportunidades e exista diálogo e participação de todos, pois “A lua anda devagar, mas atravessa o mundo” (provérbio africano).

Para terem mais informações, poderão consultar o site do projecto ou o blog da nossa turma.



Sessões Educativas sobre Prevenção Rodoviária

O espaço da BE recebeu uma equipa da Polícia de Segurança Pública (PSP), que dinamizou sessões educativas sobre Prevenção Rodoviária para as turmas do 5º ano. Esta iniciativa ocorreu no âmbito dos projectos Crescer em Saúde e Educação para a Saúde.



Novo livro de Maria Teresa Gonzalez

A autora Maria Teresa Maia Gonzalez publicou um livro novo, intitulado "Descobri um esconderijo". Este livro foi dedicado a algumas escolas, entre elas a EB n.º1 de Casal de Cambra.




A equipa da BE apresenta a ilustração e o primeiro poema para aguçar a vossa curiosidade, desejando boas leituras!

Resumo da Semana da Leitura / Língua Portuguesa

Este ano, a Semana da Leitura, dedicada ao ambiente e à floresta comemorou-se, simultaneamente, com a Semana da Língua Portuguesa na nossa escola. Aqui fica um pequeno resumo do que aconteceu.


Exposição de Trabalhos


Esta semana iniciou-se com a abertura da Exposição de Trabalhos efectuados pelos alunos do 2º e 3º Ciclos. Os trabalhos apresentados realizaram-se no âmbito da leitura de obras do Plano Nacional de Leitura e também sobre poetas portugueses e lusófonos.




A par da exposição de trabalhos, durante esta semana foram projectados outros trabalhos em formato digital pelo espaço escolar.


Concurso de Poesia em Francês


Durante a manhã de segunda-feira, os alunos de Francês participaram num concurso para seleccionar o melhor leitor de poesia. Muitos foram os poemas ouvidos e a participação de todos foi muito enriquecedora.


Seguiu-se a leitura de poesia em Inglês e Espanhol.


"À mesa com a Poesia Portuguesa"



Durante a tarde de segunda-feira, os alunos foram convidados a participar na actividade "À mesa com a Poesia Portuguesa", dinamizada pelo Professor Luís Pires e pela equipa da BE. Desta forma, ficaram a conhecer melhor a vida e obra de alguns dos poetas portugueses mais ilustres.


Leitura expressiva de poemas


Durante a semana, alunos de diferentes turmas vieram até à BE ler poemas de vários autores portugueses e lusófonos.




Imagens do que se passou ao longo desta semana.


Clube de Leitura


Dando continuidade à actividade iniciada no primeiro período, os alunos do 6ºE e 6ºF, voltaram à BE para apresentar os livros que escolheram no âmbito da Leitura Autónoma referente ao PNL. Os Encarregados de Educação foram convidados a assistir à actividade.






Foi uma semana muito enriquecedora do ponto de vista literário e cultural, por isso, a equipa da BE agradece mais uma vez a colaboração de todos aqueles que possibilitaram que ela se realizasse.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Clube de Poesia

O Clube de Poesia associa-se à comemoração do Dia Mundial da Poesia e divulga não só poemas escritos pelos alunos do 2.º e 3.º Ciclos sobre a Floresta e o ambiente, mas também imagens do livro "ABC da Poesia".






Obrigado a todos os professores e alunos pela colaboração.

sábado, 12 de março de 2011

Conectando Mundos

Conectando mundos - Um mundo em mudança, um puzzle em construção!


Os alunos do 6.º F estão a participar neste projecto e vieram até à biblioteca escolar para efectuar a dramatização que era pedida na fase três do jogo.

Para ficarem a conhecer melhor o projecto aqui ficam algumas informações: Conectando Mundos é uma plataforma multilingue, onde alunos e professores/as participam em sete línguas diferentes. Este é um espaço que proporciona: a tomada de consciência de diferentes realidades; a participação num intercâmbio cultural; o respeito face às diferenças individuais e o conhecimento da diversidade cultural.
Com este projecto os alunos reflectem sobre a construção da cidadania numa sociedade intercultural, fomentando acções e condutas individuais e colectivas transformadoras, de modo a contribuir para a construção de uma sociedade equitativa, diversa e justa.
O objectivo deste trabalho cooperativo é que os/as alunos/as tomem contacto com a diversidade social, cultural e de género e a reconheçam como uma riqueza. E que sejam capazes de debater e encontrar pontos em comum, tanto com os companheiros e companheiras da Internet, como com os/as da sua própria turma.
O projecto tem 5 fases: a 1.ª de 7/02 a 13/02, a 2.ª de 14/02 a 27/02, a 3.ª de 28/02 a 13/03, a 4.ª de 14/03 a 20/03 a final a partir de 21/03.
Na primeira fase, os alunos tiveram de entrevistar algumas pessoas. Na segunda fase, escolheram as personagens que queriam para preparar a dramatização. Na terceira fase, prepararam a dramatização e jogaram. Nesta fase, havia mestres e personagens que desempenharam os seus papéis para tornar o jogo mais real e divertido. Na quarta fase, os alunos irão contar a sua experiência e ainda não sabem o que os espera na fase final.
Para aceder ao site do projecto, clique aqui.
Para visualizar o blog da turma no projecto, clique aqui.



Algumas fotos da dramatização

Dia da Mulher

A Equpa da BE recebeu estas belas flores no âmbito das Celebrações do Dia Internacional da Mulher.

Obrigado à equipa TEIP!

Os melhores postais do Dia dos Namorados

Após reflexão, os elementos que compõem o júri para a escolha do melhor postal referente ao Dia dos Namorados, tendo como critério não só a decoração mas a criatividade da parte textual, seleccionaram os seguintes.

3.º Ciclo

2.º Ciclo


O júri agradece e felicita a participação dos alunos do 6.ºP no concurso.

E também dos alunos do 9.ºE.

Agradece a participação dos alunos de espanhol.

Deixa também um agradecimento por estes trabalhos originais.

Nota: os premiados serão futuramente anunciados neste blog.

Exposição de trabalhos: Carnaval

A Biblioteca Escolar recebeu uma exposição alusiva ao Carnaval, com máscaras elaboradas pelos aluno do 9.º E.



Recebeu também trabalhos das turmas 9.ºA, 8.ºA, 8.ºC, 7.ºD e 7.º F de francês, subordinado ao tema "On déguise les stars".

A equipa da BE agradece a participação de todos os alunos e professores nesta actividade.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval

Clube de Poesia

Nas aulas de Língua Portuguesa alguns alunos escreveram poemas sobre a escola. As alunas Maria Catarina Esperança (turma B do 5.º ano) e Lurdes Deodato (turma B do 6.º ano) escreveram uns poemas lindíssimos sobre a nossa escola.
A equipa do Clube de Poesia espera que todos possam contribuir com poemas para o vosso Clube, não se esqueçam de escrever e entregar os poemas na biblioteca, pois serão publicados os melhores.
Um muito obrigado à Catarina e à Lurdes, continuem a escrever, gostámos muito das vossas palavras.


A escola é:
Estamos sempre a brincar
Sabemos e aprendemos.
Com amor fazemos amigos!
Olá! Encontramo-nos na aula!
Limpa e preserva a tua escola.

Na escola nós aprendemos
Tudo e mais alguma coisa.
Na sala nós lemos
Poemas de Fernando Pessoa.

O recreio é um mar de rosas
Jogamos e brincamos
Como se não houvesse amanhã,
Saltamos e falamos
No recreio onde estamos.

O dia fica melhor
Com a nossa biblioteca,
Livros por todo o lado.
Lemos como se estivéssemos
Num grande Prado.

A minha escola é tudo para mim...
M.ª Catarina Esperança, 5.º B


De manhã acordo cedo
Cheia de energia.
Vou para a escola aprender
E não faço magia.

A professora Magda Frota
Vai-nos ensinar
e a nós irrequietos,
ela diz-nos para parar.

Frases, palavras, letras,
É o que nós vamos aprender.
Em Língua Portuguesa
contas não vamos fazer.

Para a biblioteca
Do fundo do coração
As rimas vou dizer
E as palavras ler.

Se não fosse esta actividade
Eu não sabia dizer
Obrigada, minha escola,
por eu estar a aprender!

Assim me despeço,
Mas não a choramingar,
É que eu vou fazer poemas,
sem nunca parar.

Adeus, minha gente,
Vou pôr a minha mente
a trabalhar para mim.
Lurdes Deodato, n. 12, 6.ºB